João Paulo, do MST, com Reinaldo e Walfrido: O MST produz comida e luta democrática, não luta armada

As pessoas podem gostar ou não do modo como o MST leva adiante as suas reivindicações e obtém suas conquistas. Uma coisa é certa: há muitos aspectos do movimento que são ignorados pela maioria dos brasileiros. Estamos a falar do maior produtor de arroz orgânico da América Latina, por exemplo. Dos assentamentos, saem leite, carne, cacau, feijão, milho etc. A sigla “MST” está hoje presente também na agroindústria e, claro!, na agricultura de subsistência. Trazemos aqui uma síntese da entrevista de João Paulo Rodrigues ao “Reconversa”, que foi ao ar no dia 24 de abril do ano passado. É preciso revisitar conceitos e números nestes dias em que surtos de reacionarismo e desinformação saltam, sem pudor, das redes sociais para a imprensa dita profissional. Que reforma agrária eles querem? É a revolucionária? Ela tem um tripé: democratização da terra, produção de alimentos e preservação ambiental. Que gente é essa que mantém 120 mil crianças na escola e 300 médicos? Nos assentamentos sob sua orientação, também não há fome nem gente sem casa. E por que são traratados por muitos como um bicho-papão?